terça-feira, 8 de outubro de 2013

Vamos repensarmos o pagamento do salário mínimo?

Bom, de uns tempos pra cá passei a pensar em algumas fórmulas alternativas para a remuneração do brasileiro, pois considero o salário mínimo uma piada, e o salário de outros cargos, um absurdo afrontador.

O salário mínimo é injusto, desleal e miserável. E pra piorar, enquanto você estuda por 16, 17 anos pra ganhar R$2.000,00 (e nem todos os que estudam por esse tempo ganham esse salário!!), um merda qualquer pode se eleger vereador (dentre os cargos por eleição popular, é de nível mais baixo) e tirar mole mole, fácil fácil, R$6.000,00 (isso na capital que paga o salário mais baixo - o mesmo salário de um médico que estudou, por baixo, 18 anos da vida dele: do C.A. até terminar a faculdade).

Sendo assim, penso em como poderia ser uma divisão mais justa do salário e renda, de forma que pudesse favorecer quem estuda, ou na pior das hipóteses, não favorecer alguns pouquíssimos cargos que injustificadamente ganham rios de dinheiro - especificamente os políticos e magistrados (me perdoem os puritanos, mas um juiz ganhar 24 mil reais por mês, e um professor ganhar R$1.500,00, tá mais do que errado! É uma sacanagem e uma falta de bom senso sem igual).

A primeira ideia é a seguinte: todo e qualquer salário deve ser tabelado em cima do salário mínimo, e nunca de forma fracionada. Por exemplo, considerando o salário de R$678,00, e o salário do vereador acima citado (em algumas capitais, o salário do vereador passa dos R$15.000,00!!), os ilustres vereadores ganham aproximadamente 8,85 vezes mais que um trabalhador assalariado. Isso tá muito errado! (em outro post, darei minha opinião sobre ajuda de custo, salário e regras para eleição pública em qualquer instância, além do que eu acho justo que um político tenha direito - e eles perderiam muitos dos favores que eles têm atualmente)

Os reajustes salariais devem ser dados ao salário mínimo, e assim será proporcional para qualquer faixa salarial. Reajuste diferenciado de acordo com faixa salarial é judiaria com quem se esforçou mais, estudou mais, lutou e quis ir mais longe.

Se os salários fossem tabelados, com certeza os aumentos do salário mínimo seriam maiores, pois os poderosos querem mais dinheiro, e como ficariam presos ao mínimo, iam aumentar o piso nacional, favorecendo toda a população.

Ninguém poderia ganhar mais que 30 ou 35 vezes o salário mínimo (considerando um salário de R$678,00, qual seria a justificativa pra alguém ganhar R$24.000,00, ou 35,40 vezes o valor do piso nacional? Tempo de estudo? Importância do cargo no cenário nacional? Se não for o salário de um médico - que salva vidas - ou professor - que ajuda a desenvolver as mentes que desenvolverão o país - na minha concepção, não há justificativa válida para tal salário).

A segunda ideia, e que eu acho mais interessante: não deve haver salário mínimo, e sim valor mínimo pago por hora. Ninguém poderia ganhar menos que o valor mínimo da hora de trabalho, mas poderia ganhar a mais, mesmo que fracionado. Utilizando como base o salário de R$678,00, o valor da hora vale R$3,08 (carga horária de 220 horas).

Sendo assim, quem trabalha em escala reduzida (150 horas, 180 horas) não seria tão prejudicado, pois em quase todos os casos as pessoas trabalham nessas escalas reduzidas recebem um salário desproporcional à quantidade de horas.

Exemplo:
220 horas/trabalho - R$678 - R$3,08 a hora
180 horas/trabalho - R$520 - R$2,88 a hora
150 horas/trabalho - R$450 - R$3,00 a hora

Baseado nesse cálculo de hora trabalhada, um juiz do STF ganharia R$109,10 por hora trabalhada (ou aproximadamente 35,5 vezes o valor da hora), caso eles tivessem escala de trabalho (juiz trabalha por meta e não por escala). Ainda assim, é um abismo imenso.

Ao esboçar esse post, me veio outra ideia na cabeça: misturar as duas sugestões numa só. Acho que seria ainda mais justo. Utilizar o valor mínimo por hora trabalhada, de forma tabelada por profissão, mas podendo fracionar para ficar algo mais justo (professor: 5 vezes o valor da hora, enfermeiro: 3,5 vezes o valor da hora, policial e bombeiro: 5 vezes o valor da hora, médico: 10 vezes o valor da hora, advogado: 3,5 vezes o valor da hora etc). Creio que seja a melhor opção para melhorar a renda nacional per capita.

É interessante observar que nas hipóteses, ao contrário da realidade, a diferença salarial e a proporcional ajudariam principalmente os mais pobres e também os mais estudados, e daria para "segurar" o salário totalmente desmerecido dos políticos.

DE-TA-LHE: Você ainda vai trabalhar mais de 30 anos pra se aposentar com um salário mínimo de merda. Em apenas alguns poucos anos de "serviços prestados para a sociedade", esses inúteis desses aproveitadores políticos (vereadores, deputados, senadores etc) se aposentarão com o salário integral. E você só fica com 70% do seu salário. É mole ou quer mais?

OBS: não sou professor de português, não sou jornalista... Perdoem-me os erros, estou me esforçando pra não ter erros gritantes.

3 comentários:

  1. Não sei o que é pior o salário mínimo ou sustentar família de presidiário...

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  2. Sustentar presidiário é um ABSURDO!

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  3. Eu apóio a bolsa para as famílias de presidiários. Concordo desde de que haja uma mudança no critério de quem vai receber....
    Um trabalhador que comete um crime no trânsito, um assalariado que comete um assassinato, até mesmo um policial que rouba ou comete qualquer crime que resulta em sua prisão...casos como esses devem ser avaliados sim, pois essas famílias perdem seu sustento. Mas conceder este tipo de benefício a pessoas que cometeram crimes hediondos ou casos em que há nítido requinte de crueldade no crime deve ser avaliado de forma severa e sem regalias. Ao invés de pagar um valor a familia do presidiário..talvez criar um programa de assistencia que ao invés de dinheiro dê asistencia social e psicologica, educação..saude e profissionalização...com certa prioridade...uma vez que esta familia tbm é vitima deste que cometeu o crime, já que é lesada moralmente. Filhos, esposa, pais, parentes próximos...todos sofrem uma fatia da condenação...e sou a favor de uma ajuda do governo no "caminhar" destas pessoas... E quanto ao preso...naum acho que ele deva receber nada. Ele tem cama,.comida e local para higiene diária. Programas de estudo, cursos, auxilio religioso...já basta neh...tem até demais.

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