domingo, 17 de maio de 2015

O "fim" do FIES

Imagino a angústia que os alunos que passaram para seus sonhados cursos estão passando. Imagine você estudar com afinco, se planejar (e também mudar o planejamento da sua família para que eles possam te ajudar), largar emprego (muitos cursos são em período integral, e os que não são não te permitem trabalhar 8 horas por dia) e mudar de vida para fazer seu curso, e de repente...tudo muda! Você terá que largar seu curso por falta de dinheiro, ficará com uma frustração enorme por conta disso, e uma dívida tão grande quanto.

Desculpem se fui muito dramático, mas me coloquei no lugar de alguém que esteja fazendo o curso dos seus sonhos...

Tentarei analisar friamente.

A mudança é necessária sim. Do jeito que estava, não dava mais. O FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) não foi pensado em conjunto com a economia do país, mas somente em formar mais pessoas (e manter a popularidade do governo). Um erro grotesco.

O FIES é uma bagunça! Já trabalhei com atendimento em uma universidade particular e posso falar com propriedade. Solicitar o FIES sempre foi a coisa mais fácil do mundo (mais fácil até que "passar" no vestibular de araque). Sabe quem foi o responsável? "Nosso" querido presidente Lula. Ele quem fez a merda. Foi ele, com aquele discurso para enganar idiota, quem disse que "todo filho de pobre a partir de agora também poderia ser "doutor".

Vou explicar antes que você queira me jogar uma pedra.

O pensamente dele foi correto e até mesmo muito bonito (não estou sendo irônico). O problema foi a execução.

Querer melhorar o nível cultural e acadêmico de uma nação é uma premissa básica para um país crescer. Ponto pra ele aqui.

O problema foi que ele decidiu liberar o financiamento sem pensar no amanhã. Como ficariam as finanças do país? Será que a economia suportaria uma grande quantidade de alunos matriculados? Nisso ele não pensou. E é nesse ponto que todos os alunos que terão que largar seus cursos por falta do planejamento governamental vão querer matá-lo. E matar a Dilma também.

Não adianta querer atribuir a culpa desse problema somente ao (segundo) governo da Dilma. Como disse, a culpa não é exclusiva dela. Qualquer outro candidato que tivesse assumido a presidência, estaria passando pelos mesmos problemas, e nenhum deles poderia resolver. Ela poderia ter resolvido o problema no seu primeiro mandato? Sim, poderia. Mas preferiu dar seguimento na política populista. E agora os alunos é que pagam o pato.

Lula tem culpa por não ter pensado no dia de amanhã (e não digo isso só pelo FIES. Falarei mais do governo dele em outro momento). E Dilma tem culpa por ter guardado a "sujeira" do governo do seu antecessor embaixo do tapete. Não acredita? Então pense: você acha mesmo que ela e os ministros não sabiam que essa bomba iria estourar? Claro que sabia. Ela só não iria falar isso no ano eleitoral (assim como a mudança nos direitos dos trabalhadores, mas isso é assunto para outro tópico).

sábado, 2 de maio de 2015

Que tal avaliar os políticos ao final do mandato?

Durante esta noite, estava pensando em alguns problemas do Brasil e suas origens políticas.

Vi alguns vídeos em que as pessoas reclamavam dos políticos brasileiros e pensava que elas também têm culpa. Me atentei que em muitos casos (quase todos, na verdade), a culpa não é apenas dos políticos, mas dos eleitores também, que votam sem a menor preocupação em quem será eleito e consciência do poder do seu voto. Como não é possível instruir um país inteiro de um dia pro outro, procurava uma maneira de anular esta equação: massa de eleitores despreparados + políticos mal intencionados = Brasil na merda. E pensando nisso, tive a ideia de, ao final do mandato, avaliar como foi o governo e a partir disso, tirar ou permanecer com o direito de ser eleito do político em questão.

Procurando uma solução, pensei em duas possibilidades:

1 - Acabar com a reeleição. Considerando isso, no período eleitoral, ao votarmos nos candidatos que ocuparão os cargos a partir do ano seguinte, poderíamos votar também na manutenção dos direitos políticos dos que ocupam os cargos até aquele momento. Seria algo bem simples e direto: Na sua opinião, Fulano de Tal (o nome do político) fez um bom governo e pode continuar se candidatando no futuro? Sim ou não?

2 - (A mais difícil de ser implantada, na minha opinião) Avaliar o governo após o final dele, mesmo com o candidato se reelegendo. Seria assim: no início do ano seguinte à eleição, seríamos convocados às urnas para avaliar como foi o governo anterior, e se o candidato que estava no poder deve ou não perder o direito de se candidatar, respondendo a uma pergunta no mesmo molde do tópico 1.
Essa é mais difícil de implementar, pois temos que considerar algumas variáveis, apenas como exemplo: se o candidato foi reeleito, e mesmo assim teve o direito de se candidatar cassado, como seria? Ele sai imediatamente do poder ou a punição só vale a partir do final do atual mandato? (Imaginem um político mal intencionado no poder. Quantos estragos ele não pode fazer? Agora imaginem um político mal intencionado no poder sabendo que os próximos 4 anos serão os últimos da sua vida pública por um bom tempo... Os estragos seriam muito maiores!)


Voltando a questão da manutenção do direito de se candidatar...

Seria simples e direto. Se 50% dos votantes + 1 votante respondessem que o governo não foi bom, o candidato perderia o direito de se candidatar por 8 ou 12 anos, sem direito a recorrer em nenhum tribunal (TRE, TSE, STF etc).